Brasil atinge recorde de exportação de açúcar em 2024, com 38,24 milhões de toneladas

Exportação de açúcar brasileiro – Foto: Ascom Porto de Maceió

Por Giully Regina

Em 2024, a exportação brasileira de açúcar registrou recordes tanto no volume despachado para outros países quanto no valor arrecadado. No ano, as sucroenergéticas enviaram 38,24 milhões de toneladas do adoçante, alta de 22,2% em relação às 31,28 milhões de toneladas exportadas em 2023 – o maior montante até então.

A receita acumulada, por sua vez, também alcançou um novo patamar da série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), iniciada em 1989, totalizando US$ 18,61 bilhões. O valor representa um acréscimo de 18,1% em relação aos US$ 15,75 bilhões vistos no ano anterior.

Este aumento pode ser justificado também pelo crescimento de 20,4% no preço médio do produto, que saiu de US$ 404,03 por tonelada em 2023 para US$ 486,64/t em 2024. Os dados detalhados de exportações foram publicados nesta terça-feira, 7, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do MDIC.

Do total exportado, 33,48 milhões de toneladas foram de açúcar bruto, alta anual de 23,8%. Assim, mesmo considerando uma queda de 3,7% no preço médio, que foi de US$ 475,99/t, a receita obtida com o produto chegou a US$ 15,93 bilhões (+19,4%).

As 4,77 milhões de toneladas restantes eram de açúcar refinado, com elevação de 12,2% no ano. Neste caso, o preço médio ficou em US$ 561,45/t (-0,8%), gerando uma receita de US$ 2,68 bilhões (+11,4). Em 2024, os principais destinos do açúcar brasileiro foram: Indonésia (3,46 milhões de toneladas); Índia (3,33 mi t); China (3,02 mi t); Emirados Árabes Unidos (2,51 mi t); e Argélia (2,23 mi t).

Exportações em dezembro

Mesmo com o recorde no acumulado, as exportações de açúcar registraram quedas no último mês do ano. Com 2,83 milhões de toneladas enviadas em dezembro, houve uma retração mensal de 16,3. Já em comparação com as 3,79 milhões de toneladas enviadas no mesmo mês de 2023, a baixa foi de 25,2%.

No período, o preço médio do adoçante ficou em US$ 478,97/t, alta de 0,1% ante novembro. Na comparação anual, por outro lado, houve uma queda de 10,9% – em dezembro de 2023, o valor foi de US$ 537,84/t.

Do total exportado, 2,49 milhões de toneladas eram de açúcar bruto, retração mensal de 18,3%. Com um preço médio de US$ 471,28/t (-0,3%), o produto alcançou uma receita de US$ 1,18 bilhão, queda de 18,6% na comparação com novembro. Já em relação a dezembro de 2023, houve retrações de 25% no volume, de 11,2% no preço médio e de 33,4% na receita.

As 339 mil toneladas restantes, por sua vez, foram de açúcar refinado, que foi vendido a US$ 535,44/t no mês, somando um faturamento de US$ 181,75 milhões em dezembro. Assim, o produto registrou uma baixa anual de 27% no volume, de 9,3% no preço médio, e de 33,8% na receita.

Em dezembro, os principais destinos do açúcar brasileiro foram: Índia (477,13 mil toneladas); Arábia Saudita (440,15 mil t); Marrocos (247,4 mil t); Argélia (206,6 mil t); e Malásia (149,42 mil t).

Fonte: NovaCana