Acordo Mercosul-EU ainda depende de regulamentações

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e os presidentes dos países
membros do Mercosul – Foto: Eitan Abramovich/AFP

Líderes do Mercosul e da União Europeia anunciaram, em Montevidéu, a conclusão das negociações do Acordo de Parceria, encerrando um processo de 25 anos. Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores explicam a importância do acordo, que estabelece uma das maiores áreas de livre-comércio do mundo, abrangendo cerca de 718 milhões de pessoas e um PIB combinado de US$ 22 trilhões.

O acordo múltiplos benefícios, permitindo a exportação de produtos como frutas, café e suco de laranja para a UE sem impostos, além de melhorar o acesso em relação a produtos como carnes, etanol e açúcar.
A parceria também facilita o acesso da indústria do Mercosul a tecnologias avançadas, aumentando a competitividade. O Brasil renegociou termos relacionados a compras governamentais e inovação, garantindo a proteção de políticas públicas, como a exclusão das licitações do Sistema Único de Saúde (SUS) do acordo.

Além disso, foram estabelecidas salvaguardas específicas para o setor automotivo e um mecanismo de reequilíbrio de concessões para proteger ganhos em caso de mudanças unilaterais. O acordo é estratégico para a inserção internacional do Brasil, promovendo maior intercâmbio comercial com a UE e ampliando os fluxos de investimentos entre as regiões.


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