A AIE (Agência Internacional de Energia) apresentou dois relatórios no G20 propondo um sistema de certificação global para combustíveis sustentáveis, com selos de A a E, similar ao de eficiência energética. Reportagem da Folha de S.Paulo revela que o objetivo é unificar conceitos e facilitar o comércio internacional de biocombustíveis, destacando o etanol como o mais eficaz na redução de emissões. A AIE incentiva a adoção de opções sustentáveis, argumentando que as emissões podem diminuir com investimentos.
Os estudos, encomendados pelo governo brasileiro, reforçam a posição do Brasil no mercado, desafiando a visão europeia de que biocombustíveis não ajudam na descarbonização. A AIE sugere que a gestão do uso da terra deve ser separada das emissões diretas para evitar onerar investidores em tecnologias limpas.
A análise da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) mostra que o Brasil pode expandir a produção de biocombustíveis sem competir com a produção de alimentos, com potencial de 8 bilhões de litros adicionais. A AIE defende padronizações nas definições de combustíveis sustentáveis e sugere limites de emissões intermediários, para não inviabilizar iniciativas, especialmente em países em desenvolvimento.
A expectativa é que o G20 e a COP30 priorizem os biocombustíveis nos próximos anos, com a construção de um sistema de rotulagem até 2030 ou 2035.
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