Por Andréia Vital
O Brasil tem uma história de sucesso com o etanol, que substituiu com eficiência os combustíveis fósseis na matriz de combustíveis leves desde a década de 1970. Da tradicional cana-de-açúcar ao milho e agora caminhando para novas culturas como sorgo, trigo e triticale, diversificamos a origem desse biocombustível.
Segundo especialistas, o etanol pode ser uma das rotas de produção mais competitivas para o Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e combustíveis marítimos de baixa emissão. Um momento único, em 11 de setembro, foi a aprovação unânime do Projeto de Lei do Combustível do Futuro.
Com o espírito público dos líderes partidários, a expansão das fontes renováveis na matriz energética brasileira deixou de ser uma ação de governo e se tornou uma política de Estado. Reconhecimento ao Senador Veneziano Vital do Rêgo, pelos importantes aprimoramentos à proposta; ao Ministro Alexandre Silveira, que apoiou integralmente o projeto; e ao setor produtivo, que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento do novo marco legal.
Além do aumento do teor de etanol na gasolina e do Programa Combustível de Aviação Sustentável (SAF), o projeto de lei também aborda o Programa Diesel Verde, o Programa Biometano, o aumento do teor de biodiesel no diesel fóssil, bem como a captura de CO2 e a produção de combustíveis sintéticos.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP), o Brasil produziu históricos 35,4 bilhões de litros de etanol em 2023, dos quais 5,45 bilhões foram de milho, possibilitando a substituição de quase 50% da gasolina vendida no país e reduzindo significativamente as emissões de CO2.
Segundo o Ranking Veicular em Emissões de CO2 por km rodado, um carro movido a gasolina emite, em média, 148 gramas de gás carbônico por quilômetro rodado, ante 83 g de CO2 por quilômetro rodado quando se utiliza uma mistura com 27% de álcool anidro.
Com o Combustível do Futuro, esse percentual pode subir para 35%, consolidando o etanol como um dos principais instrumentos para o Brasil atingir suas metas de descarbonização de sua matriz de transporte.
Fonte: Jornal Cana