Durante o Brazil-US Climate Impact Summit 2024, especialistas destacaram as oportunidades de cooperação entre Brasil e Estados Unidos na transição energética, enfocando biocombustíveis como bioquerosene de aviação (SAF), etanol e hidrogênio verde. O CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, mencionou quatro pilares de colaboração: regulatório, financeiro, empresarial e global, enfatizando a necessidade de convergência nas regras de transição energética e a redução de barreiras comerciais aos biocombustíveis.
Luisa Palacios, da Universidade de Columbia, elogiou o Brasil por suas políticas avançadas de descarbonização. Barry Glickman, da Honeywell, ressaltou parcerias com a Petrobras e a Shell para desenvolver biocombustíveis, apontando o potencial do Brasil como líder global nesse setor. No entanto, Paula Kovarsky, da Raízen, alertou sobre barreiras enfrentadas pelo etanol brasileiro na Europa e nos EUA, apesar de sua maior eficiência em reduzir a pegada de carbono.
Gilberto Tomazoni, CEO da JBS, argumentou que a transformação dos sistemas alimentares pode contribuir significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, e destacou a necessidade de garantir recursos financeiros para essa transformação, que requer entre US$ 300 bilhões e US$ 350 bilhões anuais até 2030. O debate foi mediado pelo jornalista Francisco Góes, chefe da sucursal do jornal Valor Econômico no Rio de Janeiro, RJ.
Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)