Apesar do recente aumento de 100% nas tarifas sobre carros elétricos chineses, alguns modelos ainda permanecem mais acessíveis do que os americanos, refletindo os desafios da política de veículos elétricos nos Estados Unidos. Esta ação do governo Biden, considerada preventiva, visa a dar tempo à indústria americana para se desenvolver, já que a China lidera em produção e adoção de veículos elétricos.
Segundo reportagem do Valor Econômico, em julho os veículos elétricos representaram mais de 10% das vendas nos EUA, enquanto na China, a proporção foi de cerca de 50%. A infraestrutura de carregamento e a falta de modelos acessíveis são barreiras nos EUA, onde a Tesla ainda não lançou veículos abaixo de US$ 30 mil, enquanto a BYD, uma montadora chinesa, oferece veículos elétricos por menos de US$ 25 mil, mesmo com a nova tarifa.
A dependência dos EUA de baterias chinesas também é uma preocupação, com importações chegando a US$ 6,2 bilhões no primeiro semestre de 2023. A falta de uma cadeia de suprimentos local está levando montadoras a reavaliar seus investimentos, com a General Motors adiando a produção de baterias e a Panasonic reduzindo suas metas.
O governo chinês respondeu às tarifas, alertando sobre a perturbação nas cadeias de suprimentos globais e afirmando que tomará medidas para proteger os interesses das empresas chinesas. A situação destaca a complexidade dos desafios competitivos e comerciais no setor de veículos elétricos.
Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)