Por Daniela Walzburiech
A onda de calor que se instalou no Brasil no início de setembro deve continuar em ação e elevando as temperaturas até 20 de setembro, informa a Climatempo. O fenômeno é o mais longevo e intenso já registrado em 2024.
E, assim como nos dias anteriores, promete fazer os termômetros ultrapassarem facilmente os 40°C em diversas cidades do país nesta semana. Áreas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul podem ir além e chegar a 44ºC.
O calor também deve ser acentuado no Maranhão, Piauí, Bahia, Tocantins e Pará, com temperaturas em torno dos 40ºC. As altas temperaturas devem estar presentes também em cidades localizadas no oeste e norte de Minas Gerais, extremo norte e oeste de São Paulo, e norte e noroeste do Paraná.
O que mudou?
Inicialmente, a previsão indicava a manutenção do fenômeno até o dia 13 deste mês, mas o prazo foi estendido pelo avanço de uma frente fria de fraca intensidade no fim de semana. “Ela vai dar uma enfraquecida nesse ciclo quente e na onda de calor, mas não acaba com o bloqueio. E quando o bloqueio empurrar a frente fria para fora, o calor volta a ganhar força e deixa novamente as temperaturas elevadas”, explica Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo.
Calor intenso
No domingo (8/9), Cuiabá registrou 42,8°C, a maior temperatura do ano e com recorde em relação ao sábado (7/9), que teve 42,6°C. O número ficou próximo a Aquidauana (MS), que teve 41,6ºC. Veja mais na lista abaixo:
- Porto Murtinho (MS): 41,5ºC
- Nhumirim (MS): 41,4ºC
- Coxim (MS): 40,9ºC
- Miranda (MS): 40,7ºC
- Porto Nacional (TO): 40,6ºC
- Rondonópolis (MT): 40,4ºC
- São José do Rio Claro (MT): 39,8ºC
- Pedro Afonso (TO): 39,6ºC
- O que é uma onda de calor?
A Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) define o fenômeno como uma sequência de, pelo menos, três dias em que as temperaturas de uma determinada região permanecem acima da média em 5ºC ou mais.
O que vem depois da onda de calor?
A previsão do tempo indica o avanço de uma frente fria a partir de 20 de setembro. Ela irá quebrar o bloqueio de calor presente no Centro-Sul e chega com a intensidade bem superior ao fenômeno esperado no próximo fim de semana.
“Quando uma frente fria vem com esse contexto da presença de uma massa de ar quente e acontece esse choque mais intenso, ela traz muita chuva, pois é um contraste muito grande de massas”. Por enquanto, os modelos não veem um cenário longo para o frio. O destaque será a precipitação, conclui Guilherme Borges.
Fonte: Globo Rural