Inteligência artificial pesará sobre preço do petróleo na próxima década, diz Goldman

A inteligência artificial pode afetar os preços do petróleo na próxima década ao impulsionar a oferta e reduzir o consumo da commodity, disse o Goldman Sachs nesta terça-feira.

O impacto da IA na indústria do petróleo e nos metais tem se concentrado principalmente no lado da demanda, dado o aumento esperado no consumo de energia pelos computadores que processam a tecnologia.

“A IA pode potencialmente reduzir os custos por meio de uma melhor logística e alocação de recursos… resultando em uma queda de US$ 5 no preço do barril, supondo um ganho de produtividade de 25% observado para os primeiros a adotar a IA”, disse o Goldman Sachs em relatório.

O Goldman espera que a IA gere um modesto aumento na demanda por petróleo em comparação com o impacto na demanda de energia e gás natural nos próximos 10 anos.

“Acreditamos que a IA provavelmente terá um modesto resultado líquido negativo para os preços do petróleo a médio e longo prazos, uma vez que o impacto negativo da curva de custos (cerca de US$ 5 o barril) provavelmente superará o aumento da demanda (cerca de US$ 2 o barril)”, disse o Goldman.

De acordo com as estimativas do Goldman Sachs, cerca de 30% dos custos de um novo poço de xisto poderiam ser reduzidos pela IA. Além disso, um aumento de 10% a 20% induzido pela IA nos baixos fatores de recuperação do xisto dos EUA poderia aumentar as reservas de petróleo em 8% a 20% (10 bilhões a 30 bilhões de barris).

Os contratos futuros do petróleo Brent acumulam queda de US$ 3,51, ou 4,5%, para US$ 74,02 o barril, o nível mais baixo desde dezembro. Os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate mostram queda de US$ 2,97, ou 4,1%, para US$ 70,58 dólares, o preço mais baixo desde janeiro.

As empresas de tecnologia dos EUA estão buscando ativos de energia detidos por mineradores de bitcoin para garantir um fornecimento de eletricidade para seus centros de processamento de inteligência artificial e computação em nuvem.

Fonte: InfoMoney