Por Gabrielle Rumor Koster
Entre os dias 18 e 24 de agosto, os preços do etanol e os gasolina tiveram uma ligeira redução na média nacional. O biocombustível foi vendido, em média, a R$ 4,06 por litro, queda de 0,2% ante os R$ 4,07/L anteriores; já o seu concorrente fóssil foi comercializado a R$ 6,11/L, também baixa de 0,2% ante os R$ 6,12/L da semana antecedente.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou previamente que os resultados referentes ao período só seriam apresentados nesta quarta-feira, 28. Os números levam em conta não somente o que é observado nos postos, mas também os volumes vendidos – desta forma, grandes mercados consumidores têm maior representatividade no resultado.
Com isso, o preço do renovável se manteve dentro da faixa considerada economicamente vantajosa para o consumidor. Conforme a ANP, a relação entre o preço do etanol e o da gasolina foi de 66,4% na média nacional, abaixo dos 66,5% de uma semana antes. Nas médias estaduais, por sua vez, o biocombustível é considerado competitivo em sete estados e no Distrito Federal.
De 16 a 23 de agosto, o hidratado foi vendido pelas usinas de São Paulo a R$ 2,5438/L, queda de 2,1% frente aos R$ 2,5438/L do período anterior. Já as usinas goianas tiveram decréscimo de 2,1% e as mato-grossenses, redução de 1%. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.
Variações nos estados
Em relação ao valor nos postos, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa da ANP foi feita em 345 cidades, quatro a mais do que na semana antecedente. Ainda assim, houve uma queda ante levantamentos anteriores devido a uma redução na abrangência do estudo, motivada por cortes orçamentários na agência.
De acordo com a ANP, de 18 a 24 de agosto, os preços do etanol subiram em dez estados e no Distrito Federal, caíram dez e ficaram estáveis em seis. Já os da gasolina subiram em seis unidades da federação, caíram em 15 e ficaram estáveis em seis.
Em São Paulo, o valor médio do biocombustível ficou estável em R$ 3,92/L. Já a gasolina foi vendida a R$ 5,94/L, alta de 0,5%. Com isso, a relação entre os preços ficou em 66%, abaixo da vista uma semana antes e seguindo em um patamar considerado economicamente favorável para o renovável.
Já em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 3,88/L, com estabilidade na semana. A gasolina também ficou estável em R$ 5,94/L. Assim, a relação entre os preços dos combustíveis seguiu em 65,3%, um resultado vantajoso para o consumo do renovável.
Por sua vez, Minas Gerais registrou alta de 0,2% no preço médio do etanol, indo a R$ 4,28/L, enquanto a gasolina permaneceu em R$ 6,19/L. Desta forma, o renovável custou o equivalente a 69,1% do preço do combustível fóssil, ainda em um nível economicamente favorável.
Em Mato Grosso, o preço médio do etanol teve uma redução de 1,6%, para R$ 3,74/L, registrando o menor valor dentre todos os estados. No período, a gasolina ficou estável em R$ 6/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 62,3%, abaixo da semana anterior e a mais competitiva para o biocombustível no país.
Já em Mato Grosso do Sul, o etanol teve uma redução de 0,3%, para R$ 3,86/L, enquanto a gasolina caiu 0,3%, para R$ 5,88/L. Assim, o valor do biocombustível correspondeu a 65,6% do preço de seu concorrente fóssil, em uma relação comercialmente favorável para o renovável.
Por fim, no Paraná, o etanol custou o equivalente a 66,8% do preço da gasolina, um patamar considerado vantajoso para o biocombustível. No período, o valor do etanol diminuiu 0,5%, para R$ 4,08/L, e o da gasolina também teve baixa de 0,5%, para R$ 6,11/L.
Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também é possível acessar gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.
Pesquisa de preços
Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do acordo começou em 26 de setembro de 2022 e o cronograma inicial previa um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril de 2023.
Entretanto, o alcance do estudo foi reduzido a partir de julho de 2024 devido a cortes no orçamento da ANP. Com isso, a abrangência máxima passou a ser de 358 cidades. O levantamento mais recente totalizou 345 municípios. Sobre o assunto, a agência justifica: “É possível que a abrangência geográfica sofra variações em determinadas semanas, devido a problemas operacionais pontuais”.
Fonte: NovaCana