Por Leonardo Gottems
O etanol de milho está se destacando no Brasil, representando cerca de 20% do etanol consumido. A produção nacional está em expansão, com 20 novas biorrefinarias previstas, principalmente no Centro-Oeste. A tendência será debatida na 30ª Fenasucro & Agrocana, de 13 a 16 de agosto em Sertãozinho/SP, destacando a importância das biorrefinarias para o futuro energético e econômico do Brasil.
“Hoje temos 22 biorrefinarias em operação, 11 delas no Mato Grosso. Essa concentração existe em razão das condições oferecidas para a indústria, mas a tendência dos grupos investidores, com capital internacional e brasileiro, é espalhar e fomentar a economia de outras regiões”, revela o diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da UNEM, Bruno Alves.
Paulo Montabone, diretor da Fenasucro & Agrocana, destaca que a feira apresenta produtos e tecnologias para a criação e retrofit de biorrefinarias. Ele ressalta que a maior usina de etanol do Brasil é de milho e que a Fenasucro & Agrocana foi pioneira no tema, que agora é realidade. A 30ª edição da feira discutirá as biorrefinarias, que produzem subprodutos ecologicamente corretos a partir de diversos insumos, como milho, soja ou cana.
O crescimento do setor de etanol de milho visa atender à crescente demanda interna por biocombustíveis e diversificar a matriz energética nacional. A produção de milho aumentou de 72,9 milhões para 113,4 milhões de toneladas nos últimos dez anos. Desde 2017, com o início da operação da primeira planta de etanol de milho puro, há um excedente de milho disponível para bioenergia. As novas plantas estão sendo instaladas no Sudeste para atender à crescente demanda nacional.
Fonte: AgroLink