BNDES financia ampliação da Laguna

A Usina Laguna, que produz apenas etanol em Batayporã (MS) acertou a captação de R$ 170,4 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) para financiar a construção de uma fábrica de açúcar e realizar projetos de eficiência da produção do biocombustível.

A empresa, que faturou mais de R$ 300 milhões na safra 2023/24, vai captar os recursos por meio de três linhas distintas. Para a a fábrica de açúcar, serão R$ 26,4 milhões via BNDES Finem. A planta terá capacidade para produzir até 120 mil toneladas de açúcar por safra. Outros R$ 25 milhões foram contratados via Programa de Construção de Armazéns (PCA), dentro do Plano Safra 2023/24, para um armazém de 50 mil toneladas.

Outros R$ 56 milhões serão destinados à compra de máquinas e equipamentos nacionais para a fábrica e o armazém, além da renovação de máquinas e equipamentos nacionais. Mais R$ 63 milhões foram contratados no Programa BNDES RenovaBio para melhorar a eficiência energética do etanol e otimizar a emissão de Créditos de Descarbonização (CBios).

“Entre os objetivos da nova política industrial do governo do presidente Lula está o apoio às cadeias agroindustriais, para ampliar a produção, o que inclui a ampliação da capacidade de armazenagem no país. Nesse aspecto, o BNDES atua para reduzir o déficit histórico de armazéns no Brasil”, afirma Aloizio Mercadante, presidente da instituição, em nota.

Segundo José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, o banco deve aumentar suas operações para biocombustíveis neste ano, além de manter financiamentos para a produção agroindustrial. “Uma das prioridades do banco é estar próximo do setor”. Em 2023, o BNDES aprovou R$ 2,6 bilhões em financiamentos para biocombustíveis, o maior valor em nove anos.

O investimento da Laguna em açúcar deve ser concluído no fim do ano, e a companhia já começou a travar o preço da commodity. Segundo Romildo Carvalho Cunha, diretor comercial, já foi feito o hedge de 40 mil toneladas. O plano é chegar perto da próxima safra com 80% de hedge realizado. Da cana a ser moída no próximo ciclo, 60% devem ser destinados ao açúcar. Com isso, a produção de etanol em relação à safra atual deve cair 48%, para 65 milhões de litros.

Fonte: Globo Rural