Grandes corporações, incluindo Unilever, Bank of America e Shell, abandonaram ou não cumpriram metas para reduzir emissões ou para diminuir os laços com os setores mais poluentes no último ano. Outras simplesmente ignoraram promessas de melhoria.
Nesse contexto é que a reportagem do Financial Times e publicada no jornal Folha de S.Paulo se desenvolve, a partir de um recente evento para investidores. Lord John Browne, ex-CEO da BP incluiu em sua participação no evento, a fábula de Esopo, em que um cavalheiro para de alimentar seu cavalo em tempos de paz, mas o encontra manco quando a guerra chega. A analogia representa as empresas que estão recuando na ação climática, criando mais riscos de longo prazo à medida que efeitos cada vez maiores da crise climática se aproximam.
As observações de Browne, presidente do fundo General Atlantic BeyondNetZero, de US$ 3,5 bilhões, e defensor vocal de políticas climáticas robustas, refletem uma realidade preocupante. Este ano, líderes corporativos em diversos setores reconheceram que não conseguem atingir suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, estabelecidas, em alguns casos, há vários anos. “A história é um bom lembrete de que se quisermos que algo nos sirva por mais tempo, precisamos cuidar dele constantemente”, disse ele.
“A dura verdade é que fizemos um trabalho ruim em conciliar as ações corporativas com os interesses da sociedade e do planeta de forma equilibrada. No entanto, a necessidade urgente de fazê-lo não diminuiu”, ressalta Browne.
Íntegra da matéria: Folha de S.Paulo (para assinantes)