Por Andreia Vital
Na última terça-feira (14) foi fechado um acordo entre as indústrias produtoras de etanol e bioenergia e os fornecedores de cana-de-açúcar do Brasil para remunerar com Créditos de Carbono (CBios) a classe produtiva, que até então não participava desta distribuição financeira. E em menos de uma semana após essa formalização, a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) já se reuniu com representantes do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado da Paraíba – Sindalcool para dar início às tratativas de formalização deste processo. O momento aconteceu na sede da Associação, em João Pessoa, nesta segunda-feira (20).
O presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Pedro Neto, avaliou como muito positivo esse primeiro encontro. “Nos reunimos com o intuito da Paraíba ser pioneira em relação ao cadastro e recolhimento de informações dos produtores de cana-de-açúcar. Começamos a definir os passos e roteiro a ser seguidos para a mais rápida possível inclusão do fornecedor de cana paraibano no Renovabio”, destaca o dirigente canavieiro, que também é vice-presidente da Asplan.
Ainda segundo Pedro Neto a receptividade do setor industrial paraibano está sendo muito boa. “Ficamos felizes de contar com a presença do presidente do Sindalcool, Edmundo Coelho Barbosa, em nossa reunião, o que demonstra o interesse mútuo do setor industrial em colocar em prática o acordo firmado na última semana”, reitera Pedro Neto, lembrando que os cálculos seguem uma fórmula complexa e inédita que foi acordada entre industriais e fornecedores e ela será explicada, em breve, a todos os interessados.
O presidente da Asplan, José Inácio, reforça que, em breve, a Asplan fará uma reunião de apresentação de dados e projeções sobre cálculos de CBios. “Vamos realizar uma palestra para dar maiores esclarecimentos de como se dará todo esse processo de inclusão do fornecedor e orientar melhor os nossos associados. O mais importante agora é festejar a celebração deste acordo que nos coloca onde sempre deveríamos estar que era recebendo os créditos de carbono”, destaca José Inácio.
Fonte: Jornal Cana