Por Camila Souza Ramos
A Usina Coruripe encerrou a safra 2023/24 com um lucro líquido 50,3% menor do que na temporada anterior, em R$ 257,2 milhões, devido a elevados gastos com juros de empréstimos e financiamentos, que totalizaram R$ 467 milhões.
Os encargos financeiros ofuscaram o desempenho operacional. Na safra, a companhia aumentou sua moagem de cana-de-açúcar em 17,2%, para 16 milhões de toneladas, e elevou sua receita em 22,6%, para R$ 4,6 bilhões. As vendas de açúcar cresceram 40,7%, para R$ 2,9 bilhões, enquanto as vendas de etanol tiveram queda de 2,6%, para R$ 1,3 bilhão.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) aumentou 23,3%, para R$ 331 milhões.
O presidente da Usina Coruripe, Mario Lorencatto, destacou que contribuíram para o desempenho operacional positivo a expansão das áreas de produção, as condições climáticas favoráveis, melhores práticas de manejo agrícola, investimentos em tecnologia e ferramentas inovadoras, a utilização de soluções sustentáveis, além do terminal rodoferroviario construído na usina de Iturama.
Ao longo da safra 2023/24, a Coruripe reduziu sua dívida líquida em 15,5%, para R$ 2,6 bilhões. A maior parte da dívida da companhia é com bondholders e soma quase R$ 1,5 bilhão.
Para esta safra, a Coruripe já tinha fixado, no fim de março, 64% de seu açúcar para exportação por R$ 2.447 a tonelada. A companhia também já havia fixado 24% do seu açúcar para exportação da próxima safra (2025/26) por R$ 2.589 a tonelada.
Fonte: Globo Rural