PORTAL DO AGRONEGÓCIO – Em uma reunião com executivos do UBS Investment Bank em São Paulo nesta terça-feira (16/04), o CEO da SCA Brasil, Martinho Ono, apresentou uma análise que indica que o etanol de cana-de-açúcar continuará sendo a base para a precificação pelo menos até 2029, apesar do aumento da oferta do etanol de milho no Brasil.
Manutenção da Referência de Preço
Ono destacou que nos próximos cinco anos, o etanol de cana permanecerá como referência de preço devido ao fato de São Paulo representar o maior mercado do produto, e seu índice ser medido pela Esalq/USP, com base nos preços praticados pelas usinas paulistas.
Crescimento do Etanol de Milho
Sobre o crescimento do etanol de milho em relação ao de cana, Ono explicou que o biocombustível de milho tem crescido mais devido a fatores como custo de produção mais baixo, compra mais barata de milho de produtores locais e uso crescente da terra para agricultura e confinamento de gado.
Importação e Exportação
Dados da SCA Brasil indicam que em 2024, as exportações de etanol serão menores em comparação aos anos anteriores, principalmente devido aos preços depreciados do biocombustível fabricado nos Estados Unidos (EUA). Ono também previu uma possível importação de etanol de milho pelo Nordeste durante a entressafra de milho nos EUA.
Ciclo Otto e Safra 2024-2025
Quanto ao crescimento nas vendas de veículos do Ciclo Otto no Brasil, Ono projeta um aumento de 3,5% em 2024 em comparação a 2023. Sobre as estimativas de produção canavieira no período 2024-2025, Ono expressou otimismo, prevendo uma moagem entre 610 e 620 milhões de toneladas, com as usinas tendo uma remuneração cerca de 20% superior a 2023.
Fonte: Portal do Agronegócio