Uma reportagem do jornal Valor Econômico reúne análises de especialistas, repercutindo os ataques iranianos a Israel , ocorridos neste final de semana, e possíveis implicações no preço e oferta do petróleo no mercado global.
Na síntese, as fontes consideram que os efeitos sobre os preços seriam limitados, inicialmente, e há certo risco de ruptura na oferta de petróleo, mas tal cenário depende de uma escalada de tensões. Por enquanto, os especialistas consideram que a eficácia da defesa israelense ajudou a aliviar a tensão.
S&P Global para a América Latina – Felipe Perez, diretor de Downstream considera fato que os preços subam nas próximas semanas, independente de oferta ou demanda, isso por causa dos conflitos, que passam a ser premissa para a cotação.
David Zylbersztajn – consultor e ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) – O mercado de petróleo sempre tem movimentos especulativos em eventos geopolíticos mais tensos, estabilizando-se em seguida, como tem-se observado em episódios anteriores. “Não é uma tragédia nunca vista, o mercado internacional não deve se abalar, a não ser que ocorram novos movimentos bélicos”.
Leggio Consultoria – Marcus D’Elia, sócio da consultoria, aposta que as cotações não devem superar os US$ 100, dado o fato de que a demanda global pelo insumo está mais fraca.
Edmar de Almeida – Instituto de Economia da PUC-Rio – O pesquisador vê riscos de os preços superarem, por pouco tempo, a barreira de US$ 100 o barril. Para que se mantenha nesse patamar por um período mais longo, seria preciso uma redução involuntária da oferta de petróleo, com destruição de infraestrutura petrolífera na região ou por dificuldades para escoamento de óleo pelo Golfo Pérsico.
Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)