Um complexo mosaico entre interesses políticos e ditames estatutários, estes descritos em reportagem da Folha de S.Paulo, explica o motivo da permanência de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras.
Segundo o jornal, Prates só permaneceu no cargo graças à intervenção do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resultando em derrota dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que articulavam pela troca. Haddad defendia a distribuição de dividendos da empresa, posição de Prates, e que ajudaria a aliviar as contas do caixa da união, reduzindo o “rombo” financeiro das contas governamentais.
Segundo ministros do governo, Prates deverá, nesta nova fase, estar mais afinado com as expectativas do presidente Luís Inácio Lula da Silva em relação ao papel social da companhia, não se limitando aos interesses dos acionistas. O processo formal exigido para a nomeação de um outro executivo para o cargo, às vésperas da assembleia de acionistas, marcada para 25 de abril, também pesou para as decisões de momento.
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