Sanções ao diesel russo podem pressionar margem das distribuidoras de combustíveis

Petroleiro de bandeira panamenha, que faria parte da frota fantasma que transporta
petróleo russo e ficou à deriva no começo deste no mar Báltico – Foto: Divulgação
Comando Central de Emergências Marítimas da Alemanha – 10. jan. 25/AFP

Por Felipe Moreira

As distribuidoras de combustíveis no Brasil estão em busca de novas fontes de suprimento de diesel após as sanções impostas pelo Reino Unido a uma empresa russa de comercialização, a 2Rivers (antiga Coral Energy Group).

Segundo a Folha de S. Paulo, o Brasil importa cerca de 20% do diesel que consome e, deste total, cerca de 80% é fornecido atualmente pela 2Rivers, citando dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Para efeito de contexto, aproximadamente 25% da demanda interna brasileira é suprida por importações, enquanto o restante vem de refinarias locais — sobretudo da Petrobras (PETR4).

O Goldman Sachs avalia a notícia como negativa, pois uma fonte de suprimento mais cara pode acirrar o ambiente competitivo, uma vez que a eventual substituição do diesel russo — tradicionalmente mais barato — pelo produto da Costa do Golfo tende a reduzir a competitividade das maiores distribuidoras.

Segundo o Goldman, isso pode levar a margens pressionadas e/ou perda de participação de mercado, somando-se a outros fatores adversos previstos para o segundo trimestre, como perdas de estoque (em função dos recentes cortes de preços promovidos pela Petrobras) e a continuidade do efeito de excesso de oferta observado no primeiro trimestre.

Fonte: InfoMoney